domingo, dezembro 23, 2007

nova lei do tabaco

antes de mais devo dizer que sou não fumador e como tal não posso deixar de estar contente com a nova lei e esperançado em relação à sua aplicaçao...finalmente vou deixar de ser penalizado pela minha opção (saudável) de dizer não ao tabaco.

estava eu a ler o JN este domingo quando deparo com um artigo de opinião (na secção Pontos de Vista) de um jornalista da nossa praça. confesso que o artigo me deixou perplexo pelo seu conteúdo e pela forma hábil e hipócrita com que foi redigido.

"Este texto mais do que uma crítica à lei que entra em vigor a 1 de Janeiro é um apelo à desobediência civil contra esta ditadura que nos quer fazer a todos iguais e que não tolera a diferença. Estes taliban de batas brancas e do politicamente correcto são tão insuportáveis e perigosos como os outros, os das madrassas do fundamentalismo religioso. Estão é mais perto, o que é desagradável.
Fumar faz mal à saúde. Todos o sabemos, fumadores e não-fumadores. Inalar o fumo dos outros faz mal à saúde, não tão mal como os taliban gostam de dizer, mas, ainda assim, faz mal. É razoável, por isso, que se faça leis que restrinjam o fumo, em especial em locais frequentados por crianças, idosos, doentes, etc. É das regras da boa educação não fumar nesses locais com fumo ou sem fumo. Isso é uma opção de cada um de nós, fumadores ou não-fumadores, como é uma opção comer desalmadamente até à obesidade, consumir álcool até à bebedeira, etc, etc. (...)"

in Jornal de Notícias
23/12/2007

em primeiro lugar penso que o uso da palavra taliban é completamente despropositado, mas nem vou tanto por aí...

em segundo lugar a introdução do argumento da educação é bastante iteligente e hábil, isso tenho que dar de barato ao ilustre autor. antes de mais, concordo plenamente com o argumento, não deveria ser preciso mais do que a educação. no entanto, é caso para dizer que o argumento da educação é válido em qualquer outro contexto! não deveria ser preciso mais do que a educação para todos pagarmos os nossos impostos, para não roubarmos, para não matarmos, etc, etc, etc. mas na prática todos sabemos que isso não é bem assim, logo tenho que mais uma vez felicitar a "ingénua" habilidade com que se usa a educação neste contexto. sou capaz, com muito boa vontade, de acreditar que o ilustre jornalista não fuma à mesa num restaurante porque a educação assim o manda, mas na realidade todos sabemos que isso constitui uma excepção e não uma regra!
a verdade é que eu, no papel de não-fumador, sem a lei tenho que levar com o fumo de todos aqueles que decidem puxar do cigarrinho!

em terceiro lugar a comparação feita com o álcool e a obesidade tem tanto de rídicula como de inválida. que eu saiba nunca ninguém apanhou cirrose por ser um simples frequentador da tasca do Manuel da esquina, uma tasca frequentada por amigos do garrafão que bebem de manhã à noite! mas volto a reconhecer que a utilização do argumento é hábil, lá isso é...

a verdade é que sem a lei eu, como não-fumador, iria continuar a ser tratado como excepção, iria continuar a ingerir o fumo dos outros num contexto de pura socialização e iria continuar a ingerir o fumo dos outros porque pura e simplesmente eles têm o direito de fumar. concordo que quem quer fumar tem direito a faze-lo, mas que o faça sem prejudicar ninguém... no limite, que eu saiba, o meu direito de não fumar não provoca cancro a ninguém, seja ele fumador ou não-fumador.

ao ilustre jornalista, só tenho a dizer que daria muito mais utilidade ao espaço que lhe é destinado se explorasse o porquê das coimas relacionadas com a nova lei do tabaco não terem como destino a prevenção e tratamento do tabagismo...

sábado, novembro 24, 2007

mind flash - prioridades

tens consciência que se morresses amanhã, a firma onde trabalhas substituía-te rapidamente. mas a família que deixas para trás, sentirá a tua falta para o resto da vida.

pensando nisto, perdemos mais tempo com o trabalho do que com a Família, um investimento muito pouco sensato, não achas?

moral da história ... sabes o que significa a palavra Família em inglês?
FAMILY = (F)ather (A)and (M)other (I) (L)ove (Y)ou

sexta-feira, outubro 26, 2007

tgv

"Há uns meses optei por ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dei comigo num comboio que só se diferenciava dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

Não fora ser crítico do projecto TGV e conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade. Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de pântanos, nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo. É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos. Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País. Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se mil escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um). Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Ah!! Não esquecer também o nosso sistema de saúde, que mais parece do 3º mundo.

CABE ao Governo REFLECTIR.
CABE à Oposição CONTRAPOR.
CABE AOS CIDADÃOS MANIFESTAREM-SE!"

terça-feira, setembro 25, 2007

humanidade

"O que mais me surpreende na Humanidade? ... Os Homens... Por perderem a saúde para juntar dinheiro e depois perderem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro e esquecerem o presente de tal forma que acabam por não viver o presente nem o futuro. Por viverem como se nunca fossem morrer e por morrerem como se nunca tivessem vivido." (Dalai Lama)

sábado, setembro 22, 2007

a felicidade exige valentia

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e escrever a sua própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa - 70º Aniversário da sua morte

quinta-feira, agosto 02, 2007

mind flash - a day at work

Tudo aquilo que um idiota te diz que é urgente,
é algo que um imbecil não fez em tempo útil
e querem que tu, o otário, se desenrasque e faça em tempo recorde!

"Qualquer simples problema se pode tornar insolúvel se fizermos um número suficiente de reuniões para o discutir." (Arthur Bloch)

sábado, fevereiro 24, 2007

mind flash - não há direito

é incrível a quantidade de injustiças que se acumulam neste país... devo confessar que fiquei verdadeiramente indignado com o que estão a fazer ao Nani no Sporting... não é que o miúdo só ganha cerca de 11.500€ por mês!! ele chora que é o mais mal pago do plantel... com toda a razão há que dize-lo. na verdade não sei como é que um miúdo de 20 anos consegue viver só com 2.300 contos por mês!!?? ele há coisas que revoltam!!

"Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro."

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

para lá da melodia

"logical song"
Supertramp

when I was young, it seemed that life was so wonderful,
a miracle, oh it was beautiful, magical.
and all the birds in the trees, well they'd be singing so happily,
joyfully, playfully watching me.
but then they send me away to teach me how to be sensible,
logical, responsible, practical.
and they showed me a world where I could be so dependable,
clinical, intellectual, cynical.

there are times when all the world's asleep,
the questions run too deep
for such a simple man.
won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am.

now watch what you say or they'll be calling you a radical,
liberal, fanatical, criminal.
Won't you sign up your name, we'd like to feel you're
acceptable, respecable, presentable, a vegtable!

at night, when all the world's asleep,
the questions run so deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am