sábado, outubro 02, 2010

mind flash - eco-sex

eco-sex! o conceito do momento! espectacular ... consegues-te imaginar a pensar na horinha H "aiiii que maravilha... diminui a pegada ecológica..." :D
não deixa de ser curioso que numa altura em que o governo do zeca sócrates se prepara para nos espetar com mais PVC na traseira saiam notícias a falar de "Eco-Sex" ... :D lindooooo!

domingo, setembro 19, 2010

mind flash - cobras e pirilampos

era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo. ele fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia. um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- posso fazer três perguntas?
- podes. não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer, podes perguntar.
- pertenço à tua cadeia alimentar?
- não!
- fiz-te alguma coisa?
- não!
- então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!

e é assim... todos os dias tropeçamos em cobras!

quarta-feira, setembro 15, 2010

mind flash - sexo e genéricos

"No país onde a Ministra da Saúde diz que sexo é o melhor remédio para a hipertensão, já há malta a usar a punheta como genérico." (Unknown)

sábado, outubro 11, 2008

sábado, setembro 20, 2008

receita premiada - bacalhau com cerveja

ingredientes:
- bacalhau
- espinafre
- azeite
- alho
- cebola
- batatas
- sal
- cerveja
- mulher

preparação:
ponha a mulher na cozinha com todos os ingredientes menos a cerveja e feche a porta. relaxe no sofá, no mínimo durante duas horas enquanto bebe a sua cerveja e depois peça para ser servido. é uma verdadeira delícia e não dá trabalho praticamente nenhum.

bom apetite!

domingo, julho 27, 2008

varrendo por uns cêntimos

"Fanta Lingani dorme num chão de cimento e começa o dia às quatro da manhã, vestindo-se silenciosamente no escuro. À sua volta, os filhos dormem no chão rachado debaixo de um tecto de placa de zinco - condições comuns num país que está no número 176 entre os 177 que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas.
Há um ano, Fanta teria começado por fazer uma pequena fogueira para aquecer uma chávena de café fraco para si. Mas agora até isso é demasiado caro.
Sacrifícios como este causaram distúrbios em Fevereiro em Ouagadougou, a capital, e outras cidades ao longo do país. Centenas de pessoas foram presas após terem ateado fogo e destruído edifícios governamentais em protesto contra os altos preços. Mas para Fanta a luta é mais silenciosa, e mais difícil, a cada dia que passa, e começa antes de o Sol nascer.
Fanta, que diz ter cerca de 50 anos, atravessa o pátio poeirento e a cabana de dois quartos onde o seu marido dorme numa cama de casal com um colchão grosso. A rua suja está lamacenta e enevoada dos aguaceiros que caíram durante a noite.
Após caminhar meia hora pelas ruas negras como breu, apresenta-se ao trabalho e veste a comprida capa verde da Brigada Verde, um programa municipal que paga a mulheres pobres o equivalente a 70 cêntimos para varrer as ruas duas vezes por semana.
Fanta pega em duas pequenas vassouras de palha e empurra um carrinho de mão ao longo de uma larga avenida deserta. Na neblina alaranjada dos candeeiros, dobra-se pela cintura, até tão baixo que o seu traseiro fica mais alto que a cabeça, e começa a varrer a terra vermelha para pequenos montes.
O "shh-shh" do seu varrer é o único som que se ouve, para além do cantar de alguns galos e os risos de homens no bar aberto toda a noite ao fundo da avenida.
Trabalha ao longo de uma parte da estrada com cerca de 150 metros, enquanto dúzias de outras trabalhadoras desta equipa completamente feminina varrem as suas áreas. Um camião-tanque sobre a estrada, atirando o pó para a sua cara e desfazendo os pequenos montes de terra. Ela tosse, ajeita o lenço cor-de-rosa na cabeça e varre a poeira outra vez.
Fanta varre até ao nascer do Sol, empurrando as pequenas pilhas de terra para um prato de metal, atirando-as depois para um carrinho de mão e finalmente para um buraco numa ruazinha lateral não pavimentada.
Pelas sete da manhã acabou a sua área. Mas tem que esperar durante uma hora até que o supervisor apareça e controle o seu trabalho. Daqui a duas semanas receberá o seu salário mensal, que não chega aos 6,5 euros. (...)"


in jornal Público
domingo, 27 de Julho de 2008


há coisas que apertam mesmo o coração! às vezes pergunto-me se somos todos filhos do mesmo Deus? se realmente vivemos todos no mesmo planeta? este episódio retrata um bocadinho na imensidão do que se passa no Burkina Faso, mas não é preciso irmos tão longe... basta olharmos cá para dentro para percebermos que este tipo de degradação humana, de tristeza, de pobreza, de dor existe mesmo ao nosso lado, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa cidade. até quando vamos fechar os olhos? até quando vamos ser capazes de manter a (cruel) indiferença? até quando?

"Ao perdermos o interesse apaixonado pelos nossos semelhantes perdemos a capacidade de sermos felizes." (A. Montagú)
"Dá, se puderes; se não puderes, sê afável." (Santo Agostinho)

sábado, junho 07, 2008

ser professor - o dilema

ser professor... como é difícil ser professor neste país! é certo que há professores que até merecem muitas das críticas que se fazem na praça pública, há professores que colocam verdadeiramente a nu o que é ser um mau professor, mas também existem aqueles que não a merecem e que representam o que há de melhor no ensino. no fundo não é diferente do que se passa com qualquer outra profissão... há o bom profissional e há o mau profissional, no entanto, é particularmente implacável a generalização que é feita quando se trata de atacar esta classe...

se é jovem, não tem experiência;
se é velho, está ultrapassado.
se não tem carro, é um coitado;
se tem carro, chora de barriga cheia.
se fala em voz alta, grita;
se fala em tom normal, ninguém o ouve.
se nunca falta às aulas, é parvo;
se falta, é um "turista".
se conversa com outros professores, está a dizer mal do sistema;
se não conversa, é um desligado.
se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos;
se não dá, não prepara os alunos.
se brinca com a turma, é palhaço;
se não brinca, é um chato.
se chama a atenção, é um autoritário;
se não chama, não se sabe impor.
se o teste é longo, não dá tempo nenhum;
se o teste é curto, tira a oportunidade aos alunos bons.
se escreve muito, não explica;
se explica muito, o caderno não tem nada.
se fala correctamente, ninguém entende patavina;
se usa a linguagem do aluno, não tem vocabulário.
se o aluno reprova, é perseguição;
se o aluno passa, o professor facilitou.


"Um professor influi para a eternidade; nunca se pode dizer até onde vai a sua influência." (Henry B. Adams)